Cada pessoa na rua
segue o seu caminho. Vive cada dia dentro do seu próprio contexto. Sintetiza
sua vida utilizando uma série de teses que explicam o seu nada e o seu tudo.
Cada passo dado em uma calçada qualquer em alguma rua carrega uma história, um
peso que apenas as solas entendem. Partindo de finais, chegamos aos inícios e
entendemos os motivos. Olhar para os outros enquanto se trilha rumo a um
destino não só se trata do ato cru em si, mas rostos são fotografados, vidas
são rapidamente cruzadas e vivências tão distantes similares por algum momento
em algum ponto. Nunca se trata de um estranho, se trata talvez de alguém estranho
a si mesmo. Cotidianos paralelos e tão tortos entre si. Sentimentos semelhantes
aplicados de maneiras tão diferentes. Parece que uma simples volta na rua conta
mais que uma novela, por incrível que pareça.